Suely Rolnik

É Professora Titular da PUC-SP (onde leciona desde 1979, tendo fundado o Núcleo de Estudos da Subjetividade no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica) e Professora convidada do Mestrado Interdisciplinar em Teatro e Artes Vivas da Universidade Nacional da Colômbia (desde 2013). Foi membro do corpo docente do Programa de Estudos Independentes do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona – MacBa (2007-2015), Professora de Análise e Psicoterapia Institucional, no Centro de Formação do Hospital Maison-Blanche (Paris, 1977-78) e pesquisadora convidada do Instituto Nacional de História da Arte – INHA (Paris, 2007). Possui graduação pela Sorbonne em Sociologia, com sub-doiminante em Linguística (Paris 8, 1973), em Filosofia, com sub-dominante em Estudos Ibéricos e Latino americanos (Paris 8, 1973) e em Ciências Humanas Clínicas (Paris 7, 1975), na qual também obteve os diplomas de mestrado em Psicologia (1977) e de Estudos Superiores Especializados em Psicologia Clínica (doutorado profissional; 1978).

Doutorou-se em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1987). Sua investigação enfoca a micropolítica, esfera da vida humana na qual se produz a consistência existencial do regime político e econômico vigente em dada sociedade. Seu principal tema de pesquisa é a micropolítica dominante nas sociedades ocidentais e ocidentalizadas, orientada pelo regime de inconsciente que Rolnik designa por “colonial-racializante-capitalístico” (suas formações no campo social e as políticas de subjetivação que dele decorrem), sua violência contra a vida e os dispositivos de resistência nesta esfera.

A perspectiva que orienta sua investigação é a da relação imanente entre clínica, arte e política e da indissociabilidade entre prática teórica e pragmática existencial, o que leva seu trabalho a migrações que acompanham a irrupção de insurgências micropolíticas em diferentes âmbitos da vida social, provedoras da sinergia coletiva indispensável para pensar/agir nesta esfera. Atua regularmente como psicanalista (desde 1980) e, esporadicamente, como curadora.

Autora de inúmeros ensaios e livros publicados em vários idiomas, sendo seu livro mais recente Esferas da Insurreição. Notas para uma vida não chulada. Lisboa: Teatro Praga /Sistema Solar (chancela ed._), Coleção “Sequências” e coleção “Séries”. É co-autora com Félix Guattari de Micropolítica. cartografias do desejo (Vozes, 1986), publicado em 8 países. Criadora do Arquivo para uma obra-acontecimento, composto por 65 entrevistas, filmadas por Babette Mangolte, realizadas em vários países, nas quais busca mobilizar a memória do corpo das proposições artísticas de Lygia Clark e do contexto contracultural no Brasil. Uma caixa contendo DVDs com vinte destas entrevistas e um livreto foi realizada em 2011 na França, (Carta Branca/Presse Du réel) e no Brasil (Cinemateca Brasileira-MinC e SESC-SP).